sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Setralina e Resperidona


Rapidamente comecei a sentir os efeitos. Rapidamente larguei a cama, pus-me bonita, voltei as aulas e toda a gente ficou feliz por me ver. Agarrei o touro pelos cornos e os 21 módulos que me faltavam filos todos num mês.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Penso que se chama depressão?

Olá boa noite :)

No seguimento do meu primeiro post venho relatar o que se passou de seguida comigo.

O meu namorado da altura vivia no Ingote que é um bairro social em Coimbra visto com maus olhos por pessoas de mente fechada digamos. De facto muitas famílias ciganas moram lá e já foi um local bastante inseguro. Mas hoje muitas famílias moram lá, pessoas com poucas posses ou que querem pagar pouco de renda apenas, pois a mensalidade da renda lá são de dois euros.

Quando os meus pais descobriram que o meu namorado morava lá, começaram a vê-lo de maneira diferente e não o queriam em minha casa. Eu não conseguia lidar com isso nem nunca consegui, como poderia eu ser de uma família com uma mente assim sendo eu tão liberal e tão simples? Se bem que ele também não socializava muito, fechava-se nele e nem se dava com os meus amigos penso eu que sofria de síndrome de inferioridade ou julgava-se melhor do que eles todos. Para além de ser super ciumento e quando eu saía gastava-me a bateria toda do telemovel a ligar e a mandar mensagens o que não era nada saudável para mim.

Não sei se foi por ter tido o ataque de pânico e por toda esta situação se estar a passar que tive a minha primeira depressão. Eu fui-me completamente abaixo. Não sabia o que se passava comigo. Estava nas aulas e desatava a chorar. Ia para casa do meu namorado porque sabia que ele ia cuidar de mim por pior que eu estivesse. Claro que não iria para ao pé dos meus pais pelo facto de estes estarem a ter esta atitude comigo. Foi crescendo uma revolta. Fui-me indo cada vez mais abaixo até chegar a um ponto que já não saia da cama, não queria comer e só fumava. Cheguei a pesar 43 kg. Estava sem esperança na vida, tinha perdido o meu brilho, a minha alma, não sabia o que se estava a passar comigo. Queria-me destruir aos poucos. Cheguei a pensar em suicídio sim mas a única coisa que me fez não seguir em frente foi a minha cadelinha linda Nina que estava sempre comigo e dependia de mim. Tratava toda a gente mal, ignorava e partia tudo o que estivesse a minha frente. Não queria ser medicada. Estava em negação. Meti baixa na escola. A única pessoa que permitia que entrasse em contacto comigo era o meu namorado que até me dava comida na boca quando vinha até minha casa pois já nem para casa dele conseguia ir mas mesmo assim sempre contra os meus pais que eram sempre hostis para com ele.

Após uns meses assim ganhei forças. Tinha já a noção que não conseguia sair do sítio sem tratamento e fui a um psiquiatra que logo me receitou anti-depressivos e calmantes. O mesmo psiquiatra disse-me para me afastar do meu namorado. Mas o doutor e o meu pai eram relativamente amigos e não sei até que ponto o meu pai teve mão nisso.

Cheguei a um ponto que já não conseguia sentir a hostilidade do lado dos meus pais para com ele e nem de estar constantemente a receber chamadas e mensagens do namorado que muito mais do que gostar de mim era obcecado. Não me estava a fazer bem. Tinha de ficar sozinha e ter descanso e paz para poder recuperar o que quer que fosse aquilo e deixei-o partir...

To be continued...


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Quando a vida me traíu




Olá a todos. :) Este vai ser o primeiro post deste blog e vou directa ao assunto que me fez começar hoje a escrever um blog à tanto adiado.

Sou a Joana e tenho 29 anos e a razão para ter começado a escrever este blog hoje foi porque me sinto um pouco sozinha e com uma grande falta de ânimo, coisa que se vem arrastar já por um ano. Mas tudo tem a sua explicação como é claro :)

Por volta dos meus 20 aninhos estava completamente envolvida no mundo da música electrónica e na cultura do ganja power. Tinha sido um estilo de vida desde os meus 14 anos até aí. Rapidamente me tornei viciada em Marijuana e não passava um dia sem e era assim que me sentia feliz.

Certo dia, em casa do meu ex namorado, estávamos num dia normal, juntos e a fumar as nossas, quando de repente ela apareceu. A vida a dar sinais de vida, usando um fato de mestre com uma régua na mão. De facto é que ela veio mesmo para me virar do avesso e assim o fez. Começando pelo meu braço ficando dormente e eu a sentir-me mal como o raio. Rapidamente senti que tinha de ir ás urgências ver o que se passava. Chegando lá não conseguia parar de chorar e dizia repetidamente que não conseguia parar de chorar e não sabia porquê. Fui logo atendida onde prontamente me perguntaram se tinha usado alguma droga, pergunta à qual respondi não, (a marijuana para mim não era considerada droga) pois não tinha estado a consumir nem cocaína, nem mdma nem ecstasy. Rapidamente me colocaram numa cadeira de rodas por ser considerado urgente e ser logo a primeira a ser atendida.

Chegou um doutor que pediu para me deitar numa cama e se sentou atrás de mim sem eu o conseguir ver. Começou a fazer-me perguntas pessoais como o meu nome, idade blabla e logo comecei a panicar pois achava que ele se estava atirar a mim pois não se sentou onde o pudesse ver e não tirava as mãos do seu colo. Como eu estava num estado desesperante disse que ele era um tarado e logo abri porta a chamar alguém. Veio uma senhora dizer que iria chamar uma enfermeira para eu ficar tranquila numa cadeira do corredor. Quando a enfermeira chegou deu-me um xanax e disse que eu iria melhorar. Sem mais informações para me dar.

Lá fui eu mais o meu namorado da altura até à pastelaria, pois quando aquilo me começou a bater fiquei completamente drogada e já só me ria e queria comer. 

O que terá sido isto? O que a vida me quis ensinar? Eu era super feliz e um poço de animação para toda a gente à minha volta. 

Rapidamente este episódio deu origem ao pior episódio da minha vida que mais tarde relatarei.